Apenas no primeiro bimestre de 2016, o País já encerrou 204,9 mil vagas, segundo a série ajustada que inclui informações de contratações e demissões passadas pelas empresas fora do prazo. Ou seja, o número do bimestre contempla um ajuste nos dados de janeiro. O resultado do Caged de fevereiro veio pior que o esperado pelo mercado e mostra que a crise está forte, inclusive em setores nos quais ela demorou a aparecer, como comércio e serviços.
O economista Luiz Fernando Castelli, da GO Associados, avaliou que o mercado de trabalho tende a demorar um pouco para reagir ao comportamento da economia e disse que, como a atividade não para de cair, o desemprego tem se aprofundado no País. “A tendência é de que o aumento do desemprego se acentue neste primeiro semestre, com uma estabilização da situação no segundo semestre”, afirma o economista. O economista da GO Associados estima que o ano de 2016 terá um corte de aproximadamente 1,5 milhão de postos de trabalho, praticamente o mesmo resultado de 2015. Castelli afirmou que os setores de serviços e comércio estão sentindo mais os efeitos da crise econômica em 2016, principalmente em razão da queda do consumo das famílias.
Após cair em fevereiro, a confiança dos empresários da indústria voltou a subir em março, segundo a Sondagem da Indústria de Transformação, da FGV. A prévia de março do Índice de Confiança da Indústria sinaliza alta de 1,1 ponto em relação ao número final de fevereiro, ao passar de 74,7 para 75,8 pontos. Na comparação com março do ano passado, o indicador caiu 3,6 pontos, um recuo bem menor que o de fevereiro no mesmo confronto, de 11,6 pontos. O resultado compensa parte da queda de fevereiro e mantém a tendência de estabilidade do índice, diz a FGV.
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